Conheça a história da Bimota
Foto: bimota.it

A história da Bimota é um tanto quanto peculiar e interessante. 

Essa marca italiana de motocicletas teve seus altos e baixos, mas conquistou entusiastas do mundo automobilístico de todas as idades e lugares do planeta. 

Acompanhe a PDK Bikes nesta leitura e descubra o que torna a Bimota tão especial e única!

 

Como a Bimota começou?

 

A Bimota foi fundada em 1966, por Valério Bianchi, Giuseppe Morri e Massimo Tamburini, na província de Rimini, na Itália. O nome da marca vem das iniciais dos sobrenomes dos fundadores. 

Antes de iniciar as suas atividades como motos, tratava-se de uma empresa do ramo de ar condicionado, o que faz da história da Bimota algo ainda mais incrível.

No início da década de 70, Tamburini aplicou o conhecimento adquirido em corridas e o manejo com tubos de ar condicionado na confecção dos primeiros quadros originais da empresa.

Acredita-se que essa criação tenha se dado enquanto Tamburini se recuperava de um acidente que sofreu em 1972. 

Na ocasião, o quadro de sua Honda 750 Four havia sido destruído. Durante o repouso, o engenheiro construiu seu próprio quadro, o inédito “quadro de treliça”, mais leve e com baixo centro de gravidade. 

Esses atributos eram ideais para motos de competição, sendo rapidamente adotados nesses modelos e fazendo-se presentes até hoje. 

Desse quadro, foram feitas 10 unidades. Essas peças refletiam a beleza do trabalho artesanal, com excelência funcional e artística.

O quadro recebeu o nome de HB1 (Honda-Bimota-1), já que, como a Bimota não fabricava motores, acabava utilizando motores de outros fabricantes. 

Uma Honda CB750 foi a primeira a utilizar um quadro Bimota e isso deu muita visibilidade à italiana, que rapidamente passou a ser associada a bons quadros. Essa fama se espalhou pelo mundo.

A título de curiosidade, Tamburini foi o engenheiro e designer envolvido em modelos bastante cobiçados, como as Ducati Paso, a Cagiva Mito, as MV Agusta F4 e Brutale, entre várias outras motos.

 

Ascensão 


Empresas do mundo inteiro começaram a encomendar quadros, para diferentes tipos de motos. 

Com quadros como YB1, YB2, YB3 e HDB1, HDB2 e SB1, a Bimota dominou as competições. Esses quadros revolucionaram o esporte, devido à sua qualidade muito superior. 

Em 1977, era o SB2 quem se destacava, com o seu característico quadro desmontável, seguido pelo KB1 (com motor Kavasaki). 

Até 1983, durante a chamada “Era Tamburini”, surgiram outros dois modelos Kawasaki x Bimota: a KB2 e a KB3. 

Em 1983, Tamburini saiu da empresa, dando vez a Federico Martini, que também desenvolveu um trabalho brilhante. Martini trazia um bom repertório da sua passagem pela Ducati, e foi aí que surgiram as DB (Ducati-Bimota). 

A DB1, apresentada em 1985, foi combinada com o motor 750F1 da Ducati, resultando em um design inovador e funcional. O bom desempenho e a beleza da DB1 fez dela um modelo representativo Bimota.

Outro destaque da “Era Martini” foi a YB4, na qual foi aplicado o primeiro quadro de alumínio de duas longarinas da Bimota.

Nesta época, também foi apresentada a Tesi 1D, no salão de Milão, com o diferencial de uma direção composta por hub, em vez dos garfos telescópicos tradicionais. Além disso, foi implementado um sistema de mono-choque em sua suspensão dianteira, conferindo um design mais futurista. 

No entanto, essas inovações exigiram vários testes de segurança e desempenho. Foram 7 anos de aperfeiçoamento até que a Tesi 1D fosse lançada, em 1990.

Um ano antes, quem assumiu o cargo de diretor técnico na Bimota era Pierluigi Marconi, dando fim à “Era Martini”, que havia sido bem sucedida e memorável.

O novo diretor técnico deu forma à SB6, enquanto atualizava os modelos populares DB e YB. No entanto, a mais esperada era a 500 V Due, concebida inteiramente pela Bimota. 

Seu motor V-Twin de dois tempos, com injeção eletrônica criada especificamente para este modelo, despertou muito interesse. 

No entanto, uma falha na engenharia do motor obrigou a Bimota a realizar um recall nas 340 unidades produzidas da V-Due, fato que abalou financeiramente a fabricante italiana.

 

Seria o fim da Bimota?

 

Não bastasse isso, em 2000, a Bimota perdeu um de seus principais patrocinadores, o que a levou a fechar as portas rapidamente.

Em 2003, porém, um grupo de investidores comprou os direitos da marca, fazendo a Bimota “ressuscitar”. 

Em 2019, a empresa deu mais um sinal de que um novo capítulo vem por aí. Recomeçando suas atividades, tendo a Kawasaki Motors como parceira e fornecedora de tecnologia, a Bimota nos presenteou com a Tesi H2 e, depois, com a KB4. 

Em 2022, veio um novo marco, com o lançamento do protótipo Tera, cuja versão de pré-produção surgiu em 2023.

Se, por um lado, a história da Bimota tem seus altos e baixos, os admiradores da marca continuam atentos a todos os “sinais de vida” da fabricante italiana.

Conclusão

 

Neste artigo, buscamos apresentar a fascinante história da Bimota, suas evoluções, flutuações e um retrato da empresa na atualidade. 

Como vimos, é uma saga repleta de altos e baixos. Porém, como vimos, em nenhum momento a Bimota perdeu a sua essência e exclusividade.

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Até breve!


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